18 de outubro de 2012

Mestre Kuca lança novo clipe e promete disco novo em 2013

A banda de pop rock Mestre Kuca lançou o videoclipe da música Eu me sinto tão bem em evento realizado em 13 de outubro e o disponibilizou online nesta segunda, 15. O clipe foi dirigido pelo videografista André Keke, vencedor do Festival CHICO nos últimos dois anos na categoria videoclipe.

A música do clipe foi gravada junto a Pra gente se amar no estúdio LC301 em Goiânia no primeiro semestre deste ano. A produção foi de Leandro Carvalho, produtor dos trabalhos da banda goiana Mr. Gyn.

- Isso foi importantíssimo porque a gente gravou com um produtor conhecido, com experiência de gravar uma banda que faz sucesso. A gente aprendeu muito com ele - destacou o baterista Mário Vianna.

As duas músicas estão disponíveis para ouvir e baixar no site http://mestrekuca.tnb.art.br/ .

Foto por André Keke

A banda tem um cd lançado em 2008, Do Pó ao Pó, mas a formação atual existe há seis meses e tem uma nova proposta de som. Enquanto divulgam o clipe e colhem os resultados, o baterista aproveita para anunciar o principal plano da banda para 2013.

- A todo custo no ano que vem é pra sair o cd. Será gravado em BH com o produtor Ruben di Souza, que já trabalhou com Wilson Sideral, Daniela Mercury e Milton Nascimento. E vamos gravar no estúdio Máquina, do Skank – conclui Vianna.

O próximo show da banda será dia 1° de novembro, no 9° PMW Rock Festival, em Palmas-TO.

Mestre Kuca é Pietro Lamonier (vocal), Samuel Adrian (guitarra), Mário Guedes (guitarra), Diogo Oliveira (baixo) e Mário Vianna (bateria).

13 de outubro de 2012

Conduzindo Dona Mamãe

conduzindo mamãeconduzindo mamis 2conduzindo mamis 3conduzindo mamis 8conduzindo mamis aconduzindo mamis 7conduzindo mamis bconduzindo mamis 4conduzindo mamis 5

 

 

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11 de outubro de 2012

Discriminar quem discrimina

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__________________________________________________________________________________muito parecido com isso aqui________________________________

6 de outubro de 2012

Eleições em Palmas: cinismo político x arte do insulto

No período de atividade do Matarte de dezembro de 2009 a novembro de 2010, nunca procuramos falar de política, embora ela insistia em se fazer presente de forma desagradável quando falávamos de eventos culturais como o Salão do Livro e o antológico Domingo no Paraíso. Agora é véspera da eleição mais polêmica e disputada da capital do Tocantins, e cansamos de ver tanto cinismo por aí vindo inclusive de pessoas críticas e que estimamos muito.

Por isso, sentimos a necessidade de nos posicionar neste tabuleiro onde as boas intenções permanecem tão distantes. Estivemos acompanhando o horário eleitoral gratuito na tv e os ataques e contra-ataques no facebook. Houve muito esforço para não engolir o que tentavam nos induzir. Quando não teve mais jeito, mastigamos tudo, fizemos uma leitura do sabor que isso tinha e agora vomitamos para vocês.

Carlos Amastha (PP)Amatharte-eleic_a_o

O dono do Shopping Capim Dourado, Carlos Amastha, era um nome em que antes da campanha a maioria das pessoas imaginava que ele só estava fazendo nome nesta eleição. E as primeiras pesquisas mostravam isso. Sem aliados políticos de peso – leia-se velha-guarda - ele tinha uns 10% das intenções de voto. Mas com os investimentos de peso e um personagem cosmopolita com destreza para se adaptar a qualquer território e qualquer crença, a propaganda desenvolveu um conceito e o aplicou com eficiência.

Esqueça qualquer coisa que você tenha ouvido a respeito deste homem. Ele não tem passado. Tudo o que existe são as lendas contadas por seus inimigos. Ele é um milionário que entrou para a política somente para trazer mudanças. Ele não precisa roubar, não precisa nem do salário de prefeito e só quer o bem dessa cidade. Ele é o super-herói. A juventude está encantada com a possibilidade de ter Batman como prefeito. Se morresse hoje, Amastha morreria como um mártir, com direito a estátua e o seguinte epitáfio: “Eles dizem que não entendem o que eu falo. Eu não entendo o que eles fazem.” Haveria comoção generalizada entre a juventude de atitude.

 

Marcelo Lélis (PV)

matarte-elElisc_a_oO bom moço e com dotes estéticos destacados nacionalmente em eleições anteriores seguiu direitinho a cartilha do político midático: superestimava toda a trajetória percorrida por ele como secretário do meio ambiente, vereador, candidato a prefeito e deputado estadual, e foi oportunista para se manter em evidência nos veículos de comunicação várias vezes, como nos protestos contra o aumento da passagem de ônibus, e conseguiu se destacar mais do que o próprio partido no estado.

Fatalmente, e põe fatalmente nisso, iniciou a campanha como se já tivesse sido vencida: fala mansa (destoando da essência de todo político), sorriso de pai de família em propaganda de margarina, e as metáforas cínicas com jardins e flores e ele como o grande jardineiro. Ele parecia tão preparadinho. Mas acostumado com a política e o cenário tradicional no Tocantins, esqueceu que com o fim das disputas ideológicas polarizadas, nenhum eleitor garante fidelidade até a hora do voto, e está suscetível a mudança de lado com qualquer persuasão publicitária ou econômica.

Quando percebeu a crescente do Batman, cometeu o pior erro de todos: estimulou um preconceito super ultrapassado, despertou o nazista que havia dentro de cada palmense-gaúcho, palmense-goiano, palmense-maranhense, palmense-mineiro, palmense-paraense, etc… Quem não tinha a suástica riscada na cueca rejeitou Lélis e deu força ao Batman, que passou a ser o coitado, o OUTRO, o diferente. Se hoje Amastha tem sido tratado pela imprensa nacional como possível fenômeno eleitoral, parte dos méritos vão para Lélis. Tantas formas de debater e optaram por condená-lo por ter nascido na Colômbia, o que para a justiça eleitoral não significa nada caso o candidato tenha se naturalizado. Ou Palmas não está aberta a estrangeiros? Para quê comemoram aeroportos internacionais, possibilidades de hospedar seleções no ano da Copa do Mundo e investimentos estrangeiros? Vamos defender a xenofobia só se for contra os animais africanos. Quando se sentiu ameaçado, ainda teve coragem de ressuscitar a metáfora da caneta, que foi usada em 2008 e já não tinha rendido nada.

A história sempre nos ensina as consequências de determinadas ações em campanhas eleitorais. José Serra estava um pouco atrás de Lula nas pesquisas em 2002. Atacou e despencou. Fez de Lula o presidente mais votado do mundo (em quantidade de votos). Siqueira estava atrás de Gaguim em 2010. Conseguiu uma bomba para atacar Gaguim. Não tinha tanta credibilidade, mas aí Gaguim resolveu que podia censurar a imprensa local e sair impune. Perdeu por 7 mil votos. Ao bradar “Eu sou palmense, Eu sou brasileiro” a campanha de Lélis fez como Serra. Agora tentam a estratégia de Siqueira com informações judiciais. Isso tende a equilibrar as coisas, mas só domingo a noite saberemos, e até lá muita coisa ainda vai acontecer. “Só não tenho mais temor pelo futuro porque não consigo imaginar algo pior que a situação presente” (SANTOS, Daniel dos. O otimismo: paradoxo. Palmas, 2012).

 

Luana Ribeiro (PR)

matarte-lu-lu-eleic_a_oTadinha. Ela quis porque quis ser candidata a prefeita agora. Se tivesse esperado, podia tá com o Lelis e a eleição definida a essa altura. Ficou sem o apoio da velha-guarda, e não transmite a mesma firmeza de seus adversários. Ela ainda é filha de alguém, e não tem a rebeldia de uma Princesa Isabel. Teve que se contentar com o apoio que ninguém queria: o atual prefeito. O eleitor olha para ela e não consegue deixar de enxergar João Ribeiro em um ombro e Raul Filho no outro. Com esse “apoio”, a única coisa que ela conseguiu foi se dar ao luxo de ser a única candidata que não podia criticar a atual administração da cidade. Iniciou a campanha como uma pessoa doce, mas as pesquisas indicaram a queda dela. Então partiu para a postura da mulher com coragem pra fazer, e caiu mais. Isso tudo foi pesado demais para ela.

Mas ainda havia uma salvação: todo bom terceiro colocado, mesmo quando sabe que não vai ganhar, tenta deixar um legado positivo da campanha. Normalmente, aproveitam a visibilidade para estabelecer debates que contribuam para a sociedade refletir. Foi assim com Cristovam Buarque e o tema da educação, e Marina Silva e o tema do meio-ambiente e sustentabilidade. A campanha da Luana não soube trabalhar isso. Não fugiram dos temas previsíveis: escola de tempo integral, transporte coletivo, habitação e a promessa feitas por todos os candidatos de que um dia Palmas será Curitiba. Então o fracasso da campanha dela não é ficar em terceiro, e sim não ter deixado nenhum legado. Quando as coisas esquentaram entre Lélis e Amastha, ela quis correr por fora, mas alimentou o preconceito com o “Sou brasileira, sou mulher, sou Luana”. Aí não fia!

Sobrava alguma esperança de que algum nanico poderia deixar um legadinho ou criar uma polêmica pelo menos em debate. Mas quando não se embananaram em seus posicionamentos confusos, suas palavras eram mais confusas que os discursos, e não passou disso, até porque a TV Anhanguera deu aquela força com a não realização do debate. Peraí, deixa eu conferir na minha lista se ainda falta insultar alguém…

Ah, o eleitor…

Você defende um candidato porque confia nele ou porque teme as ações do outro? Reformulando a pergunta: você ataca um candidato porque não acredita nas intenções dele ou é para proteger um candidato a qualquer custo? Você apoia um candidato sem expectativas para garantir um emprego ou cargo? Faço estas perguntas sinceras para tentar entender o motivo de tamanho envolvimento emocional com os candidatos. Por ideologia eu sei que não é. Pois qualquer fato novo é capaz de te fazer mudar de lado.

De estudantes universitários e adolescentes a jornalistas, artistas e intelectuais, entre outras classes, quase todos usam as redes sociais para defender os próprios candidatos com argumentos que subestimam a inteligência e o senso crítico das pessoas. Se este texto soa como insulto a você, tenha certeza de que é uma resposta por estes meses sendo insultado diariamente.

5 de outubro de 2012

A volta do Matarte

- E o Matarte, volta quando?

Esta pergunta me foi feita algumas vezes por pessoas distintas durante este tempo parado. E nós quase voltamos em outras oportunidades. Parece biografia de banda de rock, e para mim foi assim mesmo.

O Ciro, o Pablo e eu começamos este blog em 2009 após alguns meses planejando e com a proposta de que pudéssemos nos expressar despretensiosamente sobre qualquer assunto. Queríamos fazer algo novo em Palmas e no Tocantins, de forma que nos sentíssimos representados e pudéssemos construir relações com visitantes que se identificassem. Teve muita gente que nos achou um grupo de babacas, mas também fizemos amizades que mantemos até hoje graças ao Matarte. Isso aqui também nos aproximava um do outro - pois somos três rapazes tímidos – e ainda contribuía para o amadurecimento das nossas ideias. Saiu matéria sobre o blog em jornal, notinha em revista, publicamos um fanzine, fomos convidados para participar de um debate sobre Jornalismo e Crítica na UFT, etc.

- Mas se era tão bom, por quê acabou?

Você deve estar se perguntando isso agora. Acontece que assim como nas biografias das bandas de rock, começamos a criar expectativas e planejar demais as ações do blog, culminando no lançamento do portal Matarte com domínio pontocompontobr. O portal nos tirou a espontaneidade, que é o que tínhamos de maior valor, e passamos a nos sentir responsáveis por noticiar tudo o que fosse de cultura, pois as coisas aconteciam e pouca gente ficava sabendo – o facebook não era popular, e não tinha Lorena Dias no PortalCT. Deixou de ser uma diversão, virou pressão e gerou frustração. Precisou acabar naquele momento.

- E por quê vocês voltaram?

Por várias oportunidades fui dormir pensando: eu volto com esse blog amanhã. Falava com o Ciro e ele também se animava. Uma das sensações mais gostosas que se tem é quando você tem contato com alguma coisa, que pode ser uma música, um filme, uma tirinha, uma frase ou imagem e você se sente sensibilizado por aquilo. Isso nos inspira. Pode ser para celebrar, criticar, ou simplesmente se expressar de forma criativa como Ciro sempre fez. Dá uma baita vontade de compartilhar essa sensação ou ponto de vista com mais gente. Às vezes, eu sentia que tinha algo a dizer de importante, e por não ter o blog, me frustrava por perder o timing, que é aquele momento preciso para algo ser dito.

Muita coisa legal aconteceu para nós neste tempo parado. Com as experiências vividas, hoje temos uma visão de mundo mais ampla e temos muito mais a trocar com os novos e velhos leitores.  A casa está de portas abertas novamente. Quaisquer mudanças que sejam necessárias no visual e estrutura do blog, vão acontecer sem a gente precisar parar. Vamos trocando o pneu com o carro em movimento.

Quem se interessar em acompanhar o blog, curta a nossa página no facebook: https://www.facebook.com/pages/Matarte/345648442192829

Cheguem aí!

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