23 de março de 2010

Matarte no Salão #1: O Tocantins Acelera em ritmo de Déjà vu!

Como informamos pelo twitter, a equipe Matarte conseguiu uma credencial de imprensa para fazer a cobertura dos eventos do 6° Salão do Livro do Tocantins. Analisamos a programação e definimos quem cobriria o que de acordo com o interesse de cada um. Infelizmente não teremos ninguém para cobrir Rosa de Saron na sexta-feira, e nem o grupo regional de pagode gospel que tocará no domingo. Ficamos devendo essa, queridos leitores.

Na primeira noite do Salão do Livro, foi a única vez em que fomos juntos apenas para visitas. Ao circular pelo salão, dá uma estranha sensação de Déjà vu em relação às duas edições anteriores, o que torna a comparação inevitável.

A principal vantagem deste ano é o fim da concorrência desumana por convite. Ninguém mais precisa almoçar na fila para pegar convite de um show/palestra que ocorrerá de noite, e muito menos ser parente ou chegado de um funcionário da Seduc. De qualquer forma, ainda considero importante a hipótese de colocarem um telão que transmita os eventos do Auditório Central pelo lado de fora também.

Entre as desvantagens deste ano estão a pouca diversidade nas atrações e a seleção de artistas regionais sem muitos critérios. Dominguinhos, Almir Sater e Fagner são nomes de relevância inquestionável, porém, os três possuem públicos semelhantes. Rosa de Saron é um grupo que não trará nenhuma contribuição cultural, mas já são garantia de espaço lotado, o que na cabeça de alguns é sinônimo de sucesso. Entre os artistas regionais, prevaleceram os nomes apadrinhados pela Fundação Cultural do Estado.

Sobre os estandes, não houve mudança significativa das últimas edições pra cá. A maioria é composta por livros infantis, pedagógicos e religiosos. Salvo raras exceções que vendem alguns best-sellers. O Governo do Estado continua sustentando os estandes ao manter a liberação de créditos para funcionários públicos. Assim saem todos felizes, e a leitura acelera a educação no Tocantins.

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Fotos: seduc.to.gov.br

5 comentários:

Daniel S. C. Silva disse...

Essa última frase pareceu forçada gente?

Di disse...

O pavor começa nas chamadas da TV, quem tem o mínimo de senso estético entende como aquele material foi feito nas coxas, usaram até clip arts do word. Segue com as crianças desesperadas jogando livros pra fora do balão. Terror! Terror! Uma coisa melhorou; fui assistir ao cocoricó e não me obrigaram a ficar ouvindo o dingle da seduc. O salão tá feio, muito feio! O Café Literário parece um posto de saúde. A cochinha continua cara, os livros continuam caros e hoje tive que aguentar ver um músico genial que improvisava harmonias para poemas que a platéia mandava pra ele, criar uma música para o Leomar Quintanilha. Meu c* pro Quinta! Sai fugido daquela cena triste, talvez por que eu seja um desses também; mais um músico prostituído. Tem que falar bem né? Revi muitos amigos atores, chorei de emoção vendo Cocoricó (talvez por ter visto uma das galinhas bêbada no Rigoletto na noite anterior) e passei frio, muito frio em nossa caliente Palmas. Como diria Shara do Jornal do Tocantins: CUANTALAMERA! Pronto falei!

Di disse...

PS. emocionei e falei "cochinha"
É coxinha gente! Ainda bem que tão acelerando a educação...

Di disse...

Rsrsrsr. Agora que eu vi o Barbiero ali no fundo da foto. Praquê legenda neah?

Unknown disse...

Não temos mais convites privilegiando os apadrinhados, mas continua aquela estrutura de R$ 8,6 milhões montada em época de chuva enquanto o nosso Centro de Convenções (que terminado custaria R$5 milhões) não é terminado.
As atrações de alcance nacional continuam sendo pra pouco mais de 1.000 pessoas dentro de um auditório de lona e ferro, ao invés de ser em lugar aberto. O povo continua se acotovelando em filas quilométricas pra no fim não entrar nos shows. (mesmo tendo ajudado a bancar, como cidadãos contribuintes).
O Salão já tem um clima de circo que espanta quem quer, realmente, comprar livros.
Há, no link que coloco aqui, questionamentos sobre o assunto.
http://almanarquica.blogspot.com

Parabéns pelos textos, adorei! Não conhecia o blog ainda.

Mariama.